Nós acreditamos que os seres racionais irão achar uma saída para essa crise chamada AQUECIMENTO GLOBAL... Algumas pessoas não acreditam que isso possa acontecer e até tentam banalizar estudos relacionados ao aquecimento do nosso planeta... Não precisamos ir tão longe para saber se isso é verdade ou não, até mesmo nós podemos sentir que o inverno não é mais o mesmo não é verdade?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Segredo é carga baixa de catalizador.

Por Nony Mendes.

Para fazer o biodiesel, a receita é mais ou menos simples:

Adapte para produção em larga escala, pq aqui vai a receita a ser obtida em nível de laboratório.

a) Em uma cuba ou tanque à prova de corrosão por ácido sulfúrico e/ ou soda cáustica, algo neutro para estes agentes e reagentes, coloque 10 l de óleo vegetal;

b) Adicione até o máximo de 2 l de álcool etílico anidro, esta quantidade pode variar para mais ou para menos dependendo do álcool e da temperatura ambiente;

c) adicione entre 2 a 5% em "massa" (peso) do óleo, de soda cáustica PA (Para Análise - ou seja: pura) e se for industrial, adapte a porcentagem por resultado de amostragem;

d) agite LEVEMENTE, pois é bom lembrar que agitação vigorosa, além de levar à eventual saponificação, ainda representa "Perda de Energia", até que a mistura fique razoávelmente homogênea;

e) Aguarde aproximadamente 8 horas para que a reação se complete, e para constatar que os objetivos foram alcançados, é só verificar que todo o líquido contido na cuba/ tanque, deverá estar separado em níveis horizontais, sendo que na camada superior estará o éster etílico, o biodiesel própriamente dito, logo abaixo, se restou algo da reação, estará o álcool anidro residual, que poderá ser reaproveitado, e no fundo da cuba/ tanque, deverá estar uma mistura entre glicerina e soda cáustica;

f) a retirada de cada uma das camadas poderá ser feita por bomba de aspiração à vácuo, preferencialmente acionada manualmente, pois quando se perceber que a aspiração começar a retirar a camada inferior, muda-se a saída da bomba para outro vasilhame para que uma camada não contamine a outra;

g) percebe-se que o cuidado maior estará no esgotamento de cada camada, para que uma não contamine a outra, e neste procedimento, a agitação dentro da cuba deverá ser mínimo ao extremo, para evitar a mistura entre elas ainda dentro da cuba/ tanque
h) pouco álcool deverá restar da reação, e este poderá ser reaproveitado, sendo que o "ideal" seria que nenhum álcool restasse, porém o "ideal" não é o "adequado" para produção artesanal, pois se ocorrer falta do álcool necessário para a reação, boa parte do óleo vegetal corre o risco de ser "saponificado" junto com a glicerina, o que sugere que algum excesso de álcool assegure que todo o biodiesel possível foi obtido com o óleo contido na cuba/ tanque, e pouco prejuízo haverá, pois o álcool restante poderá ser utilizado novamente;

i) a mistura de glicerina e soda cáustica (esta última fica "raspando no fundo da cuba/ tanque) é a mais difícil de ser retirada e separada, o que sugere alguma forma de armazenamento seguro para processamento posterior quando maiores quantidades permitirem seu processo de separação e purificação da glicerina, sendo que boa parte da glicerina, a que não esteja completamente no fundo da cuba/ tanque, pode ser retirada e separada da camada que fica encostada no fundo, pois esta, certamente estará misturada à soda, e deverá ser armazenada em separado com avisos de toxidade e demais cuidados necessários.

O processo para a purificação da glicerina eu apresento em outra hora, logo, fiquem tranquilos, não será um rejeito a ser descartado, mas sim armazenado para processamento posterior, onde a escala necessária tornará viável o processo.

O biodiesel poderá estar contaminado com algum resíduo que ja estava no óleo vegetal, ou resultante do processamento, caso em que, poderá estar com elevado teôr de resíduos cáusticos.

Um recurso para a redução dos resíduos e de sua corrosividade pode ser resolvido "lavando" o combustível, sendo wue o procedimento mais comum, mesmo que um pouco falho, é adicionar água lentamente no éster etílico (biodiesel) em aproximadamente 20 a 35% de água em relação ao ´ester etílico, misturar levemente e aguardar a decantação que pode levar mais de 24 horas.

O procedimento de retirada do biodiesel lavado ocorrerá do mesmo modo que para a sua retirada logo após a reação realizada para a sua produção, ou seja, aspirando a camada superior, evitando qualquer agitação para que a água não se misture ao combustível, deixando alguma quantidade do óleo, se necessário, para que, na tentativa de toda a sua retirada, alguma água acabe indo junto.

Se considerarmos que tais processos deverão ser realizados frequentemente, então, o acúmulo do óleo junto com a água que ficar armazenado até que o processo se repita, será aproveitado, restando sempre um pouco de biodiesel, nas mesmas quantidades, já que a água poderá ser drenada também, restando apenas a quantidade mínima para que não seja retirada junto com algum biodiesel.

Esta camada dupla, com a prática sempre se manterá nas espessuras, para cada uma delas, o mais fina possível, passando a fazer parte do ativo do processo de produção.

Em outras palavras, se em um primeiro processo restou algo em torno de 1 litro de biodiesel, nos processos seguintes, continuará restando sempre a mesma quantidade, o que pressupõe que nos porcessos seguintes todo o éster etílico (biodiesel) será totalmente recuperado.

A água resultante da lavagem do biodiesel deverá ser depositada em containers a céu aberto para evaporação, e jamais despejada em esgotos ou diretamente sobre o solo, pois com a evaporação, os resíduos, que de soda ou outros particulados ficarão retidos no fundo do container, e se evaporada a água, em sua totalidade, poderao ser retirados facilmente, como resíduo sólido, muito mais fácil de ser seguramente descartados ou reaproveitados.

Conclue-se que a variação da soda cáustica na solução deve ser experimentada para cada tipo de origem de óleo vegetal, e conforme a temperatura do meio ambiente, quanto mais alta, menor a quantidade necessária, pois em excesso, como já foi dito, boa parte do óleo se perderá por saponificação.

O contrário, uma baixa carga de soda cáustica não completará a reação, ou exigirá um tempo muito maior. Em uma comparação simplista, é possível afirmar que um nível extremamente baixo de catalizador (soda) poderá alterar drásticamente o tempo de reação, que se em um caso, cuja adequação foi obtida, levar algo próximo a 8 horas (pode variar conforme a temperatura ambiente de 4 a 10 h) quando a quantidade for "apenas" ligeiramente menor, este tempo pode se estender a duzentas horas ou mais!!! E tal diferença ocorre com uma ligeira alteração da proporção da soda cáustica adicionada!!!

O Álcool, por sua vez, é o verdadeiro reagente para a obtenção do biodiesel (éster etílico), mas como reagente, é extremamente lento na reação com o óleo vegetal, o porquê da adição de um catalizador, no caso a soda cáustica! Respeitadas as proporcões já acima recomendadas, bem como, com as devidas ressalvas já explanadas.

Finalmente, em relação à glicerina (Glicerol), que atualmente tem uma demanda super avitária, com o tempo, em função do aumento da oferta proporcionada pela produção do biodiesel, a oferta superará em muito a demanda, colocando a glicerina como um ptencial rejeito industrial.

Mas se considerarmos que a glicerina é um álcool, é possível, em nível doméstico, principalmente no meio rural, transformá-la em gás combustível, por meio de sua adição, em proporções moderadas, aos rejeitos orgânicos que sejam levados a um biodigestor. Bingo!!! Resolve-se o problema e ainda se obtém gás para o acionamento de motores ciclo Otto para acionamento de geradores, fogões, aquecedores centrais, ou força motriz em tratores, inclusive com motores diesel, que devidamente adaptados com um rudimentar sistema de carburador e um kit de empilhadeiras á gás GLP funcionarão à contento.

Como o gás estaria sobrando, parte dele acionaria, ainda com baixa pressão, motores de ciclo Otto que acionariam compressores e sistemas de refrigeração para encher os tanques de gás com alta pressão e maiores quantidades do mesmo, pois quando devidamente refrigerados, à temperaturas o mais baixo possíveis, maiores quantidades de gás podem ser "engarafadas" em um mesmo espaço volumétrico.

A parte da glicerina resultante do processo para a obtenção do biodiesel, que não estiver próximo ao fundo da cuba/ tanque já pode ser utilizada neste procedimento, mas aquela que ainda se encontrar misturada à soda cáustica residual, deverá ser acondicionada para seu processamento posterior, pois não pode ser misturada a material orgânico para uso em biodigestores por conta da causticidade da soda que paralizaria a reação inutilizando o material todo, tornando-o inteiramente contaminado.

Para a obtenção de álcool, oriundo da cana-de-açúcar, via alambiques artesanais, ainda estou comparando "tecnologias" pois a produção é ridícula, eficiência baixíssima, e custo do balanço energético elevadíssimo!

O segrêdo está na obtenção de fermentos biológicos de elevada eficiência, coisa que está apenas nas mãos dos usineiros, e devidamente protegido por patentes rígidamente fiscalizadas!

O que não impede que o produtor artesanal, busque, por meio de procedimentos devidamente anotados, entre tentativa e êrro, de separar as linhagens mais produtivas, e o meio mais adequado de preservá-las ,inclusive de multiplicá-las.

Em caso de sucesso, e na eventualidade de uma ação fiscalizatória, o produtor artesanal poderá demonstrar ná prática como conseguiu tais linhagens biológicas, convencendo assim, que não houve má fé ou pirataria, assim considerada, caso tais linhagens houvessem sido "transportadas" de alguma usina ou laboratório que as tenha pesquisado. Em tais casos, é até mesmo possível que o produtor artesanal continue detendo o poder de mantê-las sob seus direitos, fazendo uso delas como lhe aprouver, principalmente se o processo demonstrado para a sua obtenção não tenha sido tão semelhante ao utilizado pelo laboratório de pesquisas que tenha registrado a patente daquela determinada linhagem, pois, na maioria dos casos, a patente se situa justamente no nível dos procedimentos para a sua obtenção e reprodução, principalmente se não for alguma linhagem híbrida! Pois é necessário considerar que para as "linhagens francas", estas existem, mesmo que em quantidades ínfimas, em seu estado natural, em qualquer ambiente junto à natureza.

Já em relação às linhagens híbridas, um pouco mais de sorte será necessário, pois na maioria dos casos, tais híbrios são obtidos com linhagens naturais recolhidas em locais geográficamente bem distantes uma da outra, de tal sorte que raramente alguém, por puro acaso, seria capaz de juntá-las em uma mesma localidade regional ou geográfica!

Mas nada é impossível, ou quase nada... Impossível mesmo, é encontrar um bom advogado, que esteja de "saco cheio" capaz de levar uma causa dessas aos limites dos foros internacionais, a começar pelo foro interamericano, com poder decisório capaz de colocar de joelhos até o Supremo Tribunal Federal!!! Se vc conseguir um advogado desses, que não te cobre os tubos, se torne o melhor amigo dele!!!
É possível começar a se imaginar um cidadão em sua verdadeira acepção da palavra... no mais...

Ia me esquecendo...
O biodiesel, produzido artesanalmente deve ser consumido em pouco tempo, pois tem prazo curto de validade antes que se deteriore...
Até mesmo o biodiesel produzido industrialmente também está sujeito à deterioração.
Seu prazo de validade pode aumentar com o uso de conservantes, mas em tais casos, sabe-se lá, que "outro" tipo de poluição poderá acarretar. O risco de alguma "teratogenia" é bem provável, e, em se tratando de produção artesanal, imagino que o desejo maior, além de uma bela independência energética, e de economia financeira, também libertadora, é desejável, mas o objetivo maior, ao menos para os mais esclarecidos, seria o de contribuir com a redução da emissão de poluentes, e quiçá, ajudar na despoluição ambiental, com sua pequena, porém efetiva "cota-parte". E partindo desse princípio, o uso e o risco ocasionado pelo uso de conservantes, sequer deveria ser considerado como hipótese possível né...
Faz-se a quantidade a ser consumida semanalmente e pronto!
Consciência tranquila!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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SERGIO ARDITTI
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